No alto das minhas três décadas no ar (já comecei entregando a idade), é difícil buscar uma explicação sobre quando virei palmeirense. Assim como quase todos os torcedores, não há uma explicação lógica ou exata. A gente simplesmente se apaixona, naquela que muitas vezes é nossa primeira paixão: um clube de futebol. A minha falou mais alto pela cor verde e acredito que esse tenha sido o motivo pelo qual me tornei palestrino.

Desde muito pequeno, sempre tive um fascínio pela cor verde. Em casa, admirava o jardim e achava aquela diferente das demais. Nos primeiros anos de escola, corria atrás do giz de cera verde para colorir meus desenhos e por aquela caneta bic de quatro cores. Sempre achava o verde, por alguma razão, diferente.

Mais ou menos nessa época, fazia muito sucesso a série Power Rangers aqui no Brasil. E adivinhem só? O meu ranger favorito era o verde. Grande Tommy, interpretado por Tommy Oliver e que até hoje é reconhecido pelo personagem.

Isto é, de todas as maneiras, eu era levado para torcer pelo Palmeiras, naquela que seria uma consequência natural. Meu pai, apesar de ser corintiano, nunca foi um torcedor fanático, e minha mãe também não tinha time. Sem sofrer nenhum tipo de pressão, me tornei palmeirense de corpo e alma logo nos primeiros anos de vida.

Até hoje minha mãe conta de como eu a importunava para comprar o uniforme palmeirense. E tenho o primeiro modelo até hoje. Modelo 1994, Parmalat. Época que as vacas gordas de uma parceria vitoriosa se iniciava. Quem cresceu ali nos anos 90, viu o clube ser campeão de Campeonato Paulista, Rio-São Paulo, Copa do Brasil, Mercosul e Libertadores. Tempos de glória.

Minhas primeiras lembranças de jogo acontecem mais ou menos em 1994. Lembro do meu pai assistindo na televisão jogos de futebol e lá estava o Palmeiras desfilando seu uniforme verde. E em listras, o que para os mais nostálgicos não era muito bacana. Mas, foi assim que comecei a torcer pelo Palestra e o conheci.

Acredito que tenha sido uma boa introdução. Por aqui, falarei (ou parlerò) sobre o Palmeiras, relembrarei algumas experiências que tive como torcedor e darei meu ponto de vista eventualmente sobre o clube, desde contratações até dentro das quatro linhas. Tentarei não ser tão corneta, apesar de que quem me conhece, diz que sou. E é justamente uma das razões pela qual não segui o jornalismo esportivo.

Meu nome é Thiago Forato, sou jornalista no NaTelinha, do portal UOL, escrevo diariamente sobre televisão, e me formei há alguns anos. Nunca cogitei o jornalismo esportivo por acreditar que poderia ser passional demais ou deixar que o Palmeiras pudesse atrapalhar meu trabalho de algum modo.

Neste espaço, estou livre para ser clubista e corneta, mas, devido a minha formação, pretendo fazer o possível para ser ponderado em análises ou quaisquer assuntos que eu vá opinar.

Nos últimos anos, sempre tive vontade de criar um blog. Mas não sabia sobre o que. Nas últimas semanas, matutando sobre, pensei: para eu fazer um blog e abastecê-lo, precisa ser sobre algo que eu goste. Ame. O que poderia ser? Já sei, o Palmeiras! Claro! Por que nunca me passou isso pela cabeça antes? Não faço a menor ideia. Mas, agora passou e finalmente tive coragem em lançar um blog.

Na contramão da “moda” do Instagram e YouTube, recorro a uma ferramenta que pode estar caindo em desuso. E vamos ver no que dá.

Avanti.

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