Opinião

Palmeiras de Abel vira colecionador de vexames

A vida do palmeirense não está fácil. Depois de emplacar a famigerada tríplice coroa na temporada 2020, a queda do Palmeiras assusta. E começou ainda no Mundial de Clubes, onde a equipe não conseguiu superar o Tigres e voltou para o Brasil depois de perder para os egípcios do Al-Ahly nos pênaltis, na sina palestrina. Complicado.

Tivemos duas finais “bônus” com a Supercopa do Brasil e Recopa Sul-Americana. A primeira, jogando bem, em um grande duelo contra o Flamengo. Mas quando a partida ia para as penalidades, o palmeirense já ficava aflito e sabia o que viria pela frente. A incapacidade dessa equipe em converter pênaltis é assustadoramente vergonhosa.

Na Recopa o golpe foi ainda pior. Vencemos fora de casa, e na volta, tomamos um gol nos acréscimos, no apagar das luzes. Desperdiçamos chances inacreditáveis na prorrogação e nos pênaltis, como não poderia deixar de ser, nova derrota. Em três dias, mais um vice-campeonato que estava na mão. E com títulos que não temos. E ao que parece, não vamos ter tão cedo.

A saga de humilhações pelo Palmeiras liderado por Abel Ferreira continua. Há quem ainda passe pano ou seja mais comedido no discurso, mas tem que ser cobrado. No Paulistão, jogamos sem brio, sem vontade. Aquela final contra o São Paulo foi a pior decisão que já vi o Palmeiras jogar. Disparado. É inaceitável e inconcebível que os jogadores tenham entrado daquele jeito morto, parecendo que tinham comido uma feijoada algumas horas antes.

A cereja do nosso bolo de esterco foi contra o CRB. É verdade que o time enfiou mais de três dezenas de finalizações no clube da série B, mas a incompetência assusta. Abel Ferreira fez o “grande favor” de sacar Veiga na etapa final e mandar cobrar aqueles que sempre desperdiçam, como o senhor Lucas Lima e aquele Luiz Adriano, que não consegue ter a competência e a capacidade de fazer com que a bola estufe a rede uma vez sequer. Não existe jogador mais incompetente na atividade no futebol brasileiro.

O vexame foi maior que contra o temido Asa de Arapiraca em 2002. Há 19 anos, aquele time era sabidamente ruim. Horrível. Esse não. Foi campeão há cinco meses de Copa do Brasil e Libertadores. Como explicar? É fácil: 2020 foi um acidente de percurso em uma temporada onde tudo deu certo. A realidade é essa que vivemos em 2021.

Quantos portugueses são necessários para treinar o Palmeiras?

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