Abel, jogadores e diretoria: Não dá para eximir ninguém da culpa
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A má fase que o Palmeiras atravessa no Campeonato Brasileiro e na temporada, apesar de estar na final da Libertadores, deve ser compartilhada. É difícil distribuir porcentagens e eleger quais são os maiores culpados pelos consecutivos vexames e pelo mau futebol que é apresentado pela equipe de Abel nos últimos jogos.
A raiva que o torcedor está é legítima. É nessas horas que temos que analisar, apesar de difícil enxergar com a razão diante de uma pilha de tropeços inexplicáveis. E tudo isso jogando de mal a pior. Quanto mais tempo a equipe de Abel Ferreira tem para treinar, pior volta. Como é possível explicar?
Aí é que está a culpa do técnico. Ontem o time parecia um catado em campo contra o Bahia, completamente perdido. Os primeiros minutos foram um prenúncio da bolinha que estava por vir. Como explicar tomarmos um calor, pressão e sufoco de todos os times que enfrentamos?
Aos jogadores: como é possível perder tantos gols? Não ontem, no caso, mas em partidas chave, como aquela eliminação contra o CRB pela Copa do Brasil. Foi um show de horrores com tantas oportunidades perdidas. Abel não entra em campo pra perder tantas bolas assim. Ele vem sendo criticado e merece sim ter seu trabalho colocado em xeque, mas a responsabilidade tem que ser dividida.
Ao senhor Maurício Galiotte, falta de aviso não foi. Ganhamos a Libertadores 2020 por um milagre. Talvez até vençamos a de 2021. Os reforços não existiram. Afinal de contas, em um jogo tudo pode acontecer. Pode dar tudo certo e sairmos com taça. Um esquema perfeito, que não tenha falhas e jogadores inspirados. O Flamengo pode ter uma tarde para esquecer. Mas, é melhor contar com isso ou um trabalho sólido?
Saudades de quando o Palmeiras jogava a cada dois dias. Apresentava um futebol mais convincente. Houve a promessa de melhora com mais tempo para treinar, a famosa semana cheia. Mas isso ficou só na promessa.