Opinião

Parmalat fez história e cresceu sem lotear uniforme como a Crefisa

Presente no Palmeiras desde 2015, a Crefisa paga cerca de R$ 81 milhões anuais ao clube pela exclusividade no uniforme. A marca está estampada no peito, omoplata, embaixo, em cima, nas costas, na bunda, em todos os lugares que seja possível e imaginável. Um verdadeiro abadá.

A fase do Palmeiras é ótima e longe deste espaço querer criar crise no clube, mas por qual razão se loteia tanto um uniforme assim? Nos anos 90, a Parmalat fez história utilizando apenas a frente tradicional do uniforme, além das costas. Na época, é bem verdade também que vender todos os espaços sequer devia ser cogitado, realidade esta que passou a mudar nos anos 2010.

Na época da Fiat, entre 2008 e 2009, o Palmeiras passou a comercializar as mangas, mas desde a Kia, em 2012, a moda de se vender tudo acabou se confirmando. É difícil encontrar um clube que não faça a mesma coisa. A grande exceção é o Botafogo, que pela determinação de seu novo dono, quer vê-lo limpo. A Crefisa poderia pensar o mesmo.

Crefisa, aprenda: modelo do Mundial de Clubes é o ideal

Deixar o uniforme como aconteceu no Mundial de Clubes daria um toque mais “premium” ao uniforme. Todos sabemos que a Crefisa patrocina Palmeiras. Na Europa, é o contrário: dificilmente você encontrará um time com uma camisa tão poluída. Desvaloriza a própria camisa, o próprio produto.

A Leila já se pronunciou sobre isso. Disse que pagou por todos os espaços e não poderia simplesmente retirar. Alguém poderia um toque sobre marketing: menos é mais. Certamente, a torcida ia gostar e a própria imprensa comentaria sobre, como comentou no Mundial de Clubes. Quantas vezes ouvimos que nosso fardamento estava bonito? Que era assim que deveria ser? Falta tato.

Deixar o uniforme do Palmeiras do jeitinho que esteve no Mundial, no padrão Fifa, daria um engajamento maior e levaria os palestrinos à loucura. E pra você, isso é só um detalhe?

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